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Desgovernança e mar de lamas
Publicado em 28/01/2019 por Gleiton Luiz de Lima é Coautor dos Livros "Responsabilidade Integral: Metodologia estratégica para o desenvolvimento pessoal, corporativo e educacional” e “A Pedagogia da Responsabilidade Integral e a BNCC”. Professor, consultor e palestrante. Gestor da RSP Integral.

Três anos e outro cenário político (aparentemente não melhor para o tema Sustentabilidade) a ‘arca ronda o abismo da catástrofe’: Brumadinho é a nova vítima das entranhas legais e jurídicas que produz tragédias. O imbróglio político, jurídico, social e desumanizador que floresceu da Samarco/Mariana - não raro em debates extremados, que só favoreceu o algoz e parece construído propositadamente, alimentou embates estéreis que beiram a elucubração. O saldo é que o desconcerto das defesas inócuas e dos debates semânticos foi pulverizado pela verdade dos fatos, que alimenta o risco iminente e crescente à vida. A degradação ambiental, com a contaminação da água e a destruição da biodiversidade, sem perspectivas de que (em futuro próximo) a resiliência venha a superar a entropia, produz a pior das tragédias que é a destruição da vida cultural comunitária. Brumadinho entra para a história de (mais uma) cidade a perdeu sua memória social, fonte da Vitalidade Comunitária. Não há recuperação possível!

Possível resposta reside em mudar a relação estabelecida pelo ser humano nos últimos séculos de que a capacidade de recuperação da natureza seria infinita, construindo consciência de que toda vida tem sua importância para o equilíbrio ecossistêmico e planetário.

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